África Branca
Conceito: Originalmente, grande parte da África do Norte(África Branca) era habitada por africanos de raça negra, como se pode demonstrar pela arte rupestre(é o nome que se dá às mais antigas representações pictóricas conhecidas) disseminada pelo Saara; o que não parece ter acontecido no Magrebe e Baixo Egito(a parte mais antiga e original da Civilização Egípcia, que logo se expandiria para a parte mais jovem ao Centro, na região de Tebas, e ao sul na região da Núbia), habitados por africanos de raça branca, que se expressariam através de línguas camito-semíticas(ou camito-semíticas são uma família de línguas de cerca de 240 línguas e 285 milhões de falantes, espalhados pelo norte da África, leste da África, a região do Sahel e o sudoeste da Ásia). Em consequência da desertificação do Saara, grande parte da população negra migrou para o sul, através da costa oriental e ocidental. Depois da Idade Média, a área esteve sob controle do otomano, exceptuando Marrocos. Depois do século XIX, o Norte de África foi colonizado pelo Império colonial francês, pelo Império britânico, Espanha e Itália. O intercâmbio entre o Norte de África e a África subsariana limitou-se, durante muito tempo, quase exclusivamente ao comércio entre as costas ocidental e oriental do continente e as viagens ao longo do Nilo, devido à dificuldade em atravessar o deserto. Assim foi até a expansão árabe islâmica.
Localização: A África Branca esta localizado no norte do continente africano, junto ao Mediterrâneo, nomeadamente Marrocos, Tunísia, Argélia, Líbia e Egito. No entanto, o Departamento de Estatísticas da ONU inclui nesta subregião o Saara Ocidental e o Sudão.
Fundamentalismo e pobreza na África Branca
O Magreb, palavra árabe que significa “terras férteis”, é a região cortada
pela Cadeia do Atlas e que compreende a Argélia, a Tunísia e o
Marrocos. Esses países mantêm fortes vínculos comerciais com a União
Européia, em especial com a França, antiga potência colonial, da qual
importam grandes quantidades de produtos industrializados. Além disso,
apesar das rigorosas medidas de restrição à imigração adotadas pelos
integrantes da União Européia, milhares de pessoas partem anualmente
da região do Magreb em direção à França, em busca de melhores condições
de vida e de trabalho.
A Argélia, cuja economia está ligada às exportações de petróleo e
de gás natural, vive uma grande instabilidade política devido à ação dos
grupos fundamentalistas islâmicos. No início da década de 1990, o governo
argelino contou com a ajuda da França para evitar que o principal
desses grupos — a Frente Islâmica de Salvação (FIS) — chegasse ao
poder através do voto.
O Egito, independente desde 1936, conheceu um ambicioso programa
de modernização econômica sob a liderança de Gamal Abdel Nasser,
nas décadas de 1950 e 1960. Uma de suas principais realizações foi a construção
da hidrelétrica de Assuã, no Rio Nilo (fig. 19), que visava gerar energia
para a industrialização do país. Nasser acreditava na união do mundo
árabe em torno de uma proposta comum de desenvolvimento e modernização,
independente dos países ricos. Esse ideário ficou conhecido como
panarabismo. Mas, apesar dos esforços, o Egito continua sendo um país
pobre, marcado pela elevada concentração de renda e dependente do
turismo e das exportações de petróleo. Também no Egito, atuam diferentes
grupos fundamentalistas.
Características geográficas:
A África do norte ou África branca é marcada pelo predomínio da população árabe que chegou ao norte do continente durante o processo de expansão do islamismo, com o objetivo de difundir a fé muçulmana. Fazem parte da África branca: Egito, Sudão, Líbia, Marrocos, Argélia, Tunísia, Mauritânia e Saara Ocidental.
Características regionais da África branca
Sudão: é essencialmente agrícola. A agropecuária responde por 40% da riqueza nacional, empregando a grande maioria da população economicamente ativa do país. Os principais cultivos são de cana-de-açúcar e de algodão, além da pecuária de bovinos e ovinos. A industria é restrita ao setor alimentício e têxtil.
Mauritânia: desenvolve a atividade agropecuária, os principais cultivos são o arroz e sorgo, com destaque também para a criação de carneiro e de aves domésticas, e ainda beneficia-se da exploração mineral, em especial do ferro.
Líbia: exploração do petróleo, há industrias dos ramos químicos e petroquímicos, de material de construção, têxtil e alimentício. Possui uma expressiva renda per capita, comparável à de países com médio desenvolvimento humano. As consideráveis divisas obtidas com a exploração de petróleo explicam a elevada renda per capita, que, contudo, fica concentrada nas mãos de uma pequena parcela da população.
Egito: o rio Nilo é fonte de vida e de trabalho do povo egípcio. Alem de irrigar áreas extensas, a barragem também garante o abastecimento de água e de energia elétrica a população. A agricultura é desenvolvida com o emprego de técnicas tradicionais. Os principais produtos cultivados são: cana-de-açúcar, algodão, cravo-da-índia, milho, arroz, trigo e tomate. O parque industrial do Egito tem destaque regional e continental por sua diversidade e nível tecnológico. Alem da produção petrolífera, que abastece o setor petroquímico, existem industrias metalúrgicas, têxteis, de tabaco e alimentícia. O Egito conta com um desenvolvido setor de transportes. O turismo também contribui e muito para o país.
Argélia: o país já esteve em melhores condições econômicas mas devido a queda do preço do petróleo no mercado mundial o país não conseguiu se reergue. Possui na Argélia industrias do tipo petroquímicas, exportam petróleo e gás natural.
Povo estrangeiro:
A África do norte é marcada pelo predomínio da população árabe que chegou ao norte do continente durante o processo de expansão do islão, durante o século VII. Por essa razão, em termos de aspecto físico, os norte-africanos são aproximadamente 80% "caucasianos". A miscigenação com africanos de raça negra teve origem nas migrações para norte e na escravatura.
As línguas dominantes são:
árabe; e
as línguas berberes.
A religião é, predominantemente, muçulmana, embora os povos do sul do Egito e Sudão sejam cristãos, principalmente da Igreja Copta.
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