Pesquisar este blog

9 de jun. de 2010

África Branca

África Branca

Conceito: Originalmente, grande parte da África do Norte(África Branca) era habitada por africanos de raça negra, como se pode demonstrar pela arte rupestre(é o nome que se dá às mais antigas representações pictóricas conhecidas) disseminada pelo Saara; o que não parece ter acontecido no Magrebe e Baixo Egito(a parte mais antiga e original da Civilização Egípcia, que logo se expandiria para a parte mais jovem ao Centro, na região de Tebas, e ao sul na região da Núbia), habitados por africanos de raça branca, que se expressariam através de línguas camito-semíticas(ou camito-semíticas são uma família de línguas de cerca de 240 línguas e 285 milhões de falantes, espalhados pelo norte da África, leste da África, a região do Sahel e o sudoeste da Ásia). Em consequência da desertificação do Saara, grande parte da população negra migrou para o sul, através da costa oriental e ocidental. Depois da Idade Média, a área esteve sob controle do otomano, exceptuando Marrocos. Depois do século XIX, o Norte de África foi colonizado pelo Império colonial francês, pelo Império britânico, Espanha e Itália. O intercâmbio entre o Norte de África e a África subsariana limitou-se, durante muito tempo, quase exclusivamente ao comércio entre as costas ocidental e oriental do continente e as viagens ao longo do Nilo, devido à dificuldade em atravessar o deserto. Assim foi até a expansão árabe islâmica.

Localização: A África Branca esta localizado no norte do continente africano, junto ao Mediterrâneo, nomeadamente Marrocos, Tunísia, Argélia, Líbia e Egito. No entanto, o Departamento de Estatísticas da ONU inclui nesta subregião o Saara Ocidental e o Sudão.

Fundamentalismo e pobreza na África Branca

O Magreb, palavra árabe que significa “terras férteis”, é a região cortada

pela Cadeia do Atlas e que compreende a Argélia, a Tunísia e o

Marrocos. Esses países mantêm fortes vínculos comerciais com a União

Européia, em especial com a França, antiga potência colonial, da qual

importam grandes quantidades de produtos industrializados. Além disso,

apesar das rigorosas medidas de restrição à imigração adotadas pelos

integrantes da União Européia, milhares de pessoas partem anualmente

da região do Magreb em direção à França, em busca de melhores condições

de vida e de trabalho.

A Argélia, cuja economia está ligada às exportações de petróleo e

de gás natural, vive uma grande instabilidade política devido à ação dos

grupos fundamentalistas islâmicos. No início da década de 1990, o governo

argelino contou com a ajuda da França para evitar que o principal

desses grupos — a Frente Islâmica de Salvação (FIS) — chegasse ao

poder através do voto.

O Egito, independente desde 1936, conheceu um ambicioso programa

de modernização econômica sob a liderança de Gamal Abdel Nasser,

nas décadas de 1950 e 1960. Uma de suas principais realizações foi a construção

da hidrelétrica de Assuã, no Rio Nilo (fig. 19), que visava gerar energia

para a industrialização do país. Nasser acreditava na união do mundo

árabe em torno de uma proposta comum de desenvolvimento e modernização,

independente dos países ricos. Esse ideário ficou conhecido como

panarabismo. Mas, apesar dos esforços, o Egito continua sendo um país

pobre, marcado pela elevada concentração de renda e dependente do

turismo e das exportações de petróleo. Também no Egito, atuam diferentes

grupos fundamentalistas.

Características geográficas:

A África do norte ou África branca é marcada pelo predomínio da população árabe que chegou ao norte do continente durante o processo de expansão do islamismo, com o objetivo de difundir a fé muçulmana. Fazem parte da África branca: Egito, Sudão, Líbia, Marrocos, Argélia, Tunísia, Mauritânia e Saara Ocidental.

Características regionais da África branca

Sudão: é essencialmente agrícola. A agropecuária responde por 40% da riqueza nacional, empregando a grande maioria da população economicamente ativa do país. Os principais cultivos são de cana-de-açúcar e de algodão, além da pecuária de bovinos e ovinos. A industria é restrita ao setor alimentício e têxtil.

Mauritânia: desenvolve a atividade agropecuária, os principais cultivos são o arroz e sorgo, com destaque também para a criação de carneiro e de aves domésticas, e ainda beneficia-se da exploração mineral, em especial do ferro.

Líbia: exploração do petróleo, há industrias dos ramos químicos e petroquímicos, de material de construção, têxtil e alimentício. Possui uma expressiva renda per capita, comparável à de países com médio desenvolvimento humano. As consideráveis divisas obtidas com a exploração de petróleo explicam a elevada renda per capita, que, contudo, fica concentrada nas mãos de uma pequena parcela da população.

Egito: o rio Nilo é fonte de vida e de trabalho do povo egípcio. Alem de irrigar áreas extensas, a barragem também garante o abastecimento de água e de energia elétrica a população. A agricultura é desenvolvida com o emprego de técnicas tradicionais. Os principais produtos cultivados são: cana-de-açúcar, algodão, cravo-da-índia, milho, arroz, trigo e tomate. O parque industrial do Egito tem destaque regional e continental por sua diversidade e nível tecnológico. Alem da produção petrolífera, que abastece o setor petroquímico, existem industrias metalúrgicas, têxteis, de tabaco e alimentícia. O Egito conta com um desenvolvido setor de transportes. O turismo também contribui e muito para o país.

Argélia: o país já esteve em melhores condições econômicas mas devido a queda do preço do petróleo no mercado mundial o país não conseguiu se reergue. Possui na Argélia industrias do tipo petroquímicas, exportam petróleo e gás natural.

Povo estrangeiro:

A África do norte é marcada pelo predomínio da população árabe que chegou ao norte do continente durante o processo de expansão do islão, durante o século VII. Por essa razão, em termos de aspecto físico, os norte-africanos são aproximadamente 80% "caucasianos". A miscigenação com africanos de raça negra teve origem nas migrações para norte e na escravatura. As línguas dominantes são: árabe; e as línguas berberes. A religião é, predominantemente, muçulmana, embora os povos do sul do Egito e Sudão sejam cristãos, principalmente da Igreja Copta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário