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9 de jun. de 2010

Características políticas, religiosas e culturais dos países da África central

Camarões: Bandeira dos Camarões

Política: Camarões é uma república presidencialista com uma divisão administrativa em 10províncias. Sendo:

Chefe de Estado e de governo: presidente Paul Biya (RDPC) (desde 1982, eleito em1984 e reeleito em 1988, 1992,1997e 2004).

Principais partidos: União Democrática do Povo Camaronês (RDPC), Frente Social-Democrática (SDF), União Nacional pela Democracia e Progresso (UNDP), União Democrática de Camarães (UDC).

Legislativo: unicameral - Assembléia Nacional, com 180 membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos. Constituição em vigor: 1972.

Cultura: O povo Duala, um povo que se dedica à pesca, decora suas embarcações com motivos simbólicos, possivelmente relacionados com a fecundidade na pesca. Em respeito a escultura cortesana tem também como a arte tradicional um sentido prático, concretamente tem um fim político, realizar a figura do rei.

Os Bamum nos finais do século XVII se separam da Confederação Bamileke e fundam seu próprio império em século XVIII. Sua arte se caracteriza pelo sentido positivo da vida e o prazer desta mesma se mostra na assimetria de suas composições e o grande colorido. Trabalham a madeira e o barro cozido em pipas, o instrumento típico deste povo.

O povo Bikom faz esculturas de tamanho natural, decoradas com pérolas e cabelos humanos.

Religião: cristianismo 52,2% (católicos 34,7%, protestantes 17,5%), animismo 26%, islamismo 21,8% (1990).

Chade

Bandeira do Chade

Política:

Um ramo executivo forte, liderado pelo Presidente Deby, do Movimento de Salvação patriótica, domina o sistema político do Chade. Déby foi eleito constitucionalmente em 1996 e em 2001, mas observadores internacionais detectaram irregularidades no processo eleitoral. Déby é presidente desde 1990, mas só em 1996 foi aprovada uma constituição. O presidente do Chade tem o número de mandatos limitado a dois (o que não conta com o período anterior à entrada em vigor da constituição), mas uma mudança na constituição reverteu essa medida.

O presidente é eleito por sufrágio universal dos cidadãos com mais de 18 anos. O presidente tem o poder de nomear o primeiro-ministro e o Conselho de Estado (ou governo) e exerce considerável influência sobre as nomeações dos juízes, generais, dirigentes provinciais e dirigentes das empresas para-estatais do Chade. O ramo legislativo do Chade consiste de uma Assembleia Nacional unicameral. O seu ramo judicial consiste de um Supremo Tribunal, um Tribunal de Apelo, tribunais criminais e tribunais de magistratura.

Cultura:

Chade é uma nação muito diversa culturalmente. Dentre as manifestações desta diversidade é muito grande o número de línguas faladas. Embora as línguas oficiais no Chade são apenas árabe e francês, também existem mais de 120 línguas e dialetos indígenas Chade, tais como um dialeto do árabe conhecido como Chade árabe. A República do chade, depois das sucessivas guerras e conflitos bélicos, pouco tem podido conservar do seu passado. Agora tenta-se recuperá-lo, mas tal vez seja tarde demais. As manifestações culturais se reduzem às expressões contemporâneas de alguns artistas. O mais interessante são alguns artesanatos locais.

A poligamia é comum, com 39% de mulheres a viver nesse tipo de união. Tal é apoiado por lei, a qual permite automaticamente a poligamia a não ser que as esposas especifiquem que tal será inaceitável após o casamento. Apesar da violência contra mulheres ser proibida, a violência doméstica é comum. A mutilação genital feminina é proibida, mas a prática está espalhada e profundamente enraízada na tradição.

Religião:

Islamismo 60%, cristianismo 20%, crenças tribais 17%.

Congo:

Bandeira da República do Congo

Política:

A República do Congo tem um governo presidencialista, em que o Presidente é eleito por voto popular para um mandato de 7 anos e é elegível para um segundo mandato. As últimas eleições foram a 10 de Março de 2002, em que Denis Sassou-Nguesso foi reeleito com 89,4% dos votos, enquanto o seu rival, Joseph Kignoumbi Kia Mboungou, obteve 2.7%.

O Conselho de Ministros é nomeado pelo presidente. E o Poder Judicial é dirigido por um Tribunal Supremo.

O Parlamento é bicameral consistindo num Senado com 66 assentos, em que os membros são eleitos por voto popular para mandatos de 5 anos, e uma Assembleia Nacional, com 137 assentos, escolhidos da mesma forma e para o mesmo número de anos de mandato. As últimas eleições para o Senado realizaram-se a 11 de Julho de 2002 e para a Assembleia Nacional a 27 de Maio e 26 de Junho de 2002.

Cultura:

No Congo falam-se muitas línguas: Lingala e Munukutuba são línguas francas usadas no comércio; o Kikongo tem o maior número de falantes.

Metade do povo congolês segue crenças tradicionais animistas. Os outros 50% são constrituídos de 35% católicos, 15% outros cristãos e 2% são muçulmanos.

Existem 15 grupos étnicos bantu e mais de 70 subgrupos.

Religião:

cristianismo 65,1% (católicos 40,9%, protestantes 24,2%), crenças tradicionais 32,9%, islamismo 2%.

Gabão:

Bandeira do Gabão

Política:

Em Março de 1991 foi adoptada uma nova constituição que prevê uma declaração de direitos de estilo ocidental, a criação de um Conselho Nacional de Democracia para supervisionar e garantir esses direitos e um conselho consultivo governamental para assuntos económicos e sociais. Eleições legislativas multipartidárias realizaram-se em1990-1991, apesar de nessa altura ainda não se ter formalizado a legalização dos partidos da oposição.

O presidente do Gabão, El Hadj Omar Bongo, foi reeleito em Dezembro de 1998conquistando 66% dos votos. Embora os principais partidos de oposição tenham feito acusações de que as eleições foram manipuladas, não se assistiu à turbulência que se seguiu às eleições de 1993. O presidente mantém vastos poderes, tais como a capacidade de dissolver a Assembleia Nacional, de declarar o estado de sítio, de adiar legislação, de determinar a realização de referendos e de nomear e demitir o primeiro-ministro e os membros do governo.

Cultura:

Para desfrutar das expressões artísticas e culturais do Gabão, o melhor lugar é sua capital. Ali aconselhamos a visita à Igreja de Saint-Michel, com formosos mosaicos e talhas de madeira sobre cenas da Bíblia e ao Museu de Artes e Tradições, com numerosos exemplos da arte indígena.

Religião:

cristianismo 90,6% (católicos 60,8%, protestantes 19%, independentes 14,7%, outros 2,7% - dupla filiação 6,6%), islamismo 4,6%, outras 3,7%, sem religião e ateísmo 1,2%

Guiné Equatorial

Bandeira da Guiné Equatorial

Política:

Forma de governo: República, com forma mista de governo.

Divisão administrativa: 4 regiões continentais e 3 insulares. Principais partidos: Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), União Popular (UP), Convergência para a Democracia Social (CPDS). Legislativo: unicameral - Casa dos Representantes, com 80 membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos. Constituição em vigor: 1991.

Cultura: Os artesãos da tribo fang realizam basicamente estátuas de madeira do culto aos antepassados "bieri" e máscaras das sociedades asiáticas "so" e "nguíi". O tema geralmente é o antepassado em meditação. Os personagens se apresentam nús e com rosto pensativo, braços cruzados sobre o peito e um recipente de oferenda nas mãos. As máscaras foram usadas no "Ngoam Ntangan", um tipo de ritual satírico contra o branco colonizador.

Religião:

cristianismo 88,8% (maioria católica), religiões tribais 4,6%, islamismo 0,5%, sem filiação e ateísmo 5,9%, outras 0,2% .

República Centro-Africana

Bandeira da República Centro-Africana

Política:

Em junho de 2005, concluiu-se o segundo turno das eleições gerais que confirmaram a eleição do novo Presidente da RCA, General François Bozizé, 86 novos membros do Parlamento, bem como a designação do Primeiro-Ministro Elié Doté e um Gabinete composto por 26 integrantes. As eleições contaram com significativa mobilização popular e apoio da comunidade internacional, em particular do Escritório da ONU de Apoio à Construção da Paz (BONUCA) e da União Africana, que decidiu revogar as sanções impostas à RCA em decorrência do processo de redemocratização em curso no país.

No entanto, problemas de segurança persistem na capital Bangui e na região norte do país, com conflitos entre forças do Governo e rebeldes, que ocasionaram fluxo de 8.500 refugiados para o Chade até o início de julho.

A Comunidade Econômica e Monetária da África Central (CEMAC) manteve, em resposta, contingente militar no país por período adicional de seis meses e a RCA procura coordenar esforços com o Chade e República do Cameroun, com o objetivo de aumentar a segurança interna. A RCA necessitará de apoio político e econômico-financeiro da comunidade e organismos internacionais para poder vencer o desafio de consolidar suas instituições democráticas e vencer a ameaça da desestabilização ocasionada pelos conflitos internos.

Cultura:

Apenas 40% da população está no ítem dos alfabetiçados. A maior parte dos habitantes são protestantes (52%), embora também convivem os católicos (35%), os seguidores de religiõe tribais (5%), os muçulmanos (4%) e outros cultos (4%).

O artesanato tradicional está dedicado à elaboração de máscaras e artigos em madeira e malaquite. Também são populares os tecidos multicoloridos com desenhos pitorescos.

A cultura da República Centro-Africana varia muito entre os povos e grupos étnicos. Um importante grupo étnico é composto pelos Bantus, em particular as pessoas comuns do Congo e Camarões, dividido em Myriads de pessoas muito ligadas ao grupo local. Assim, cada "grande" cidade tem o seu povo, seu idioma (próximo de sango) e uma recente história vinculada aos políticos e os seus homens de poder.

Religião:

Crenças indígenas 35%, Protestante 25%,Católica Romana 25%, Muçulmanos 15%.Nota: crenças e práticas animísticas influenciam a maioria cristã.

República Democrática do Congo

Bandeira da República Democrática do Congo

Política:

Em 18 e 19 de dezembro de 2005, realizou-se com sucesso o referendo que estabeleceu as eleições em 2006. O processo de votação, tecnicamente difícil devido à falta de infraestrutura, foi organizado pela Comissão Eleitoral Independente do Congo com o apoio da missão das Nações Unidas para o Congo (MONUC).

A 6 de Dezembro de 2006, Joseph Kabila, filho de Laurent Kabila, tomou posse como presidente depois de vencer as primeiras eleições gerais em 40 anos.

O atual quadro político da República Democrática do Congo é o de uma república de transição de uma guerra civilpara uma república democrática semipresidencial.

Cultura:

A cultura da República Democrática do Congo reflete a diversidade das suas centenas de grupo étnicos e suas diferentes formas de vida em todo o país, da foz do Rio Congo na costa, através do rio acima selva e savana, no seu centro, para as montanhas mais densamente povoadas no extremo leste.

Religião:

cristianismo 87,2% (católicos 41%, protestantes 32%, seitas cristãs africanas 13,4%, outros cristãos 0,8%), crenças tradicionais e outras 11,6%, islamismo 1,2% .

São Tomé e Príncipe

Flag of Sao Tome and Principe.svg

Política:

Partidos Políticos

  • MLSTP-PSD: Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata
  • ADI: Ação Democrática Independente
  • PCD-GR: Partido de Convergência Democrática – Grupo de Reflexão
  • MDFM: Movimento Democrático Força de Mudança (Partido criado por Fradique de Menezes)
  • Outros partidos sem representação parlamentar

Poder Legislativo

  • Unicameral – Assembleia Nacional, com 55 membros
  • Constituição: 2003
Cultura:

No folclore santomense são de destacar a sobrevivência de dois autos renascentistas (século XVI): " A Tragédia do marquês de Mântua e do Príncipe D. Carlos Magno", denominado localmente de "Tchiloli" e o "São Lourenço" (por ser representado no dia deste santo) e que é idêntico aos "Autos de Floripes"[2] que ainda hoje é representado na aldeia das Neves, perto de Viana do Castelo.

A Cena Lusófona editou um livro, Floripes Negra, em que Augusto Baptista, ensaísta e fotógrafo, faz um levantamento sobre as origens do "Auto da Floripes" e as suas ligações com Portugal.

Religião:

As manifestações religiosas são imensamente complexas. Elas têm origem nos mais variados credos, pois se atendermos a gama de indivíduos de várias origens, vindos para São Tomé e Príncipe, facilmente se encontra a explicação deste facto.

Distinguem-se contudo, duas tendências religiosas acentuadas: a animista e a católica.

Um comentário:

  1. Gente aproveitando a matéria gostaria apenas de expressar minha satisfação em saber que o Globo Repórter desta semana é sobre São Tomé e Príncipe, que passará em rede Nacional aqui no Brasil, possibilitando aos brasileiros conhecer um pouco melhor este país que apesar de todas as suas dificuldades é tão lindo e apaixonante. Para mais informações: http://principesaotome.blogspot.com/

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