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22 de mar. de 2010

Referências aos capítulos21 e 22

As Revoluções Burguesas (LIVRO, PÁGINAS 235 e 236) ► Os processos históricos que consolidam o poder econômico da burguesia, bem como sua ascensão ao poder político ao longo dos séculos XVII e XVIII. ► A burguesia se demonstrará uma classe social revolucionária, destruindo a ordem feudal, consolidando o capitalismo e transformando o Estado para atender seus interesses. ► As chamadas Revoluções Burguesas foram: as Revoluções Inglesas do século XVII (Puritana e Gloriosa), a Independência dos EUA, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. 1- A REVOLUÇÃO INGLESA (CAPÍTULO 21) A- Situação inglesa nos Séculos XVI E XVII (VER PÁG.236) → A burguesia desenvolveu-se, graças a ampliação da produção de mercadorias e das práticas do mercantilismo. → No entanto, a intervenção do Estado Absolutista nos assuntos econômicos passaram a se constituir em um obstáculo para o pleno desenvolvimento do capitalismo. → A burguesia passa a defender a liberdade comercial e a criticar o Absolutismo. B- O Absolutismo Inglês (CAPÍTULO 15, VER PÁG.169) → Dinastia Tudor (Século XVI : Henrique VIII e Elizabeth I)

→ Grande desenvolvimento econômico (principalmente no reinado da rainha Elizabeth I):

● consolidação do anglicanismo; ● adoção das práticas mercantilistas; ● início da colonização da América do Norte e o processo da política dos cercamentos, para ampliar as áreas de pastagens e a produção de lã. A burguesia inglesa vinha enriquecendo rapidamente, ampliando cada vez mais seus negócios e dominado a economia inglesa. (Fatos abaixo, VER PÁG.236) → Intensos conflitos religiosos, pois, a religião oficial, era o anglicanismo, mas existiam outras correntes religiosas protestantes (calvinistas, luteranos e presbiterianos), chamados de modo geral, de puritanos; havia ainda católicos no país. A monarquia inglesa perseguia católicos e puritanos, gerando os conflitos religiosos. → Reforma religiosa na Inglaterra determinou a perda das terras da Igreja, que foram tomadas pelo Estado e vendidas para a burguesia e para a nova nobreza (gentry) que estavam preocupadas com o cercamento das terras para a criação de ovelhas, cuja lã atendia às manufaturas. Assim, passou a haver uma estreita associação de interesses entre a burguesia mercantil e a gentry; → Transformações na estrutura social, derivadas das transformações econômicas citadas acima. A diferenciação social entre cidade e campo era bastante nítida. No campo estavam os Pares (aristocracia, ou alta nobreza, essencialmente feudal); a gentry (nobreza de status); os yeomen (pequenos e médios proprietários rurais); os arrendatários e os jornaleiros. Havia ainda, nas cidades, os elementos ligados 1as corporações de ofícios. C- grupos religiosos e posições políticas → Os católicos a partir da Reforma Anglicana passam a deixar de ter importância na economia inglesa;Os calvinistas -grupo mais numeroso -eram compostos por pequenos proprietários e pelas camadas populares. O espírito calvinista, da poupança e do trabalho refletia os interesses da burguesia inglesa. (Fatos abaixo, VER PÁG.237) D- os conflitos entre monarquia e parlamentoNo século XVII, o Parlamento inglês contava com um grande número de puritanos- que representavam os interesses da burguesia- e não aceitavam mais a interferência do Estado Absolutista. Com a morte de Elizabeth I, o trono inglês fica com os Stuarts. Foi durante esta dinastia que ocorreram as Revoluções Inglesas. E- A Dinastia Stuart

► Jaime I ( 1603/1625) -uniu a Inglaterra à Escócia, sua terra natal, desencadeando a insatisfação da burguesia e do Parlamento, que o consideravam estrangeiro. Realizou uma intensa perseguição a católicos e puritanos calvinistas. Foi em virtude desta perseguição que muitos puritanos dirigiram-se ao Novo Mundo, dando início à colonização da América inglesa -fundação da Nova Inglaterra, uma colônia de povoamento.

► Carlos I ( 1625/1648) - sucessor de Jaime I e procurou reforçar o absolutismo, estabelecendo novos impostos sem a aprovação do Parlamento. Em 1628 o Parlamento impôs ao rei a "Petição dos Direitos",que limitava os poderes monárquicos: problemas relativos a impostos, prisões e convocações do Exército seriam atos ilegais, sem a aprovação do Parlamento. No ano de 1629, Carlos I dissolveu o Parlamento e governou sem ele por onze anos.Em 1640, Carlos I teve que convocar novamente o Parlamento ­necessidade de novos impostos, negados pelo Parlamento. Diante da negação, Carlos I procura novamente dissolver o Parlamento, desencadeando uma violenta guerra civil na Inglaterra. Revolução Puritana (VER PÁGs.238 e 239) A Revolução Inglesa tem início no governo de Carlos I (1625-1640), devido às tentativas desse rei em aumentar os impostos. Em 1637 ele lançou o "ship money", e a população se rebelou. Paralelamente, a monarquia procurava restringir os cercamentos, afastar a gentry da Corte e reforçar os privilégios dos Pares.

Os protestos do Parlamento levaram Carlos I a dissolvê-lo, convocando um outro, que ficou conhecido como Short Parliement (Parlamento Curto), logo dissolvido por se recusar a permitir novos impostos. O parlamento convocado logo a seguir, conhecido como Long Parliament (Parlamento Longo), toma atitudes drásticas: depõe o primeiro-ministro, revoga os impostos que o rei havia decretado e estabelece que apenas o Parlamento poderia se autodissolver; o rei não poderia mais tomar tal atitude.Em 1640, para vencer os irlandeses, o rei organiza um exército próprio, que será levado a lutar contra o Parlamento.

Tem início a Revolução, que passa pelas seguintes etapas: A guerra civil mostrou dois lados da sociedade inglesa, de um lado estava o partido dos Cavaleiros, que apoiavam o rei: a nobreza proprietária de terras, os católicos e os anglicanos; de outro estava os Cabeças Redondas ( pois não usavam cabeleiras compridas como os nobres) partidários do Parlamento. ● 1640-42 - a Grande Rebelião. O Longo Parlamento toma atitudes (como as citadas acima) francamente hostis ao monarca. ● 1642-48 - a Guerra Civil. → Do lado do rei alinham-se anglicanos e católicos, portanto, essencialmente os Pares e alguns setores da gentry, principalmente os das regiões Norte e Oeste da Inglaterra; aolado do Parlamento encontramos presbiterianos e seitas radicais; os yeomen, a burguesia mercantil e setores dda gentry, especialmente os do Sul e do Leste da Inglaterra. → As forças do Parlamento, organizadas em um exército de rebeldes, eram lideradas por Oliver Cromwell. Após uma intensa guerra civil ( 1641/1649), os Cabeças Redondas derrotaram os Cavaleiros- aprisionando e decapitando o rei, Carlos I, em 1649. → A vitória do Parlamento só se tornou possível pela organização do New Model Army (Novo exército modelo), de Cromwell. Foi graças a esse exército, onde a promoção ao oficialato se fazia pelo mérito, que o Parlamento conseguiu vencer as tropas reais. → Após a prisão do rei, surgiram conflitos entre os vencedores, pois alguns defendiam a condenação à morte do rei (radicais), enquanto os moderados insistiam na continuação da monarquia. Os radicais conseguiram se impor e Carlos I foi condenado. → Após a morte de Carlos I foi estabelecida uma república na Inglaterra, período denominado "Commonwealth". → A revolução puritana marca, pela primeira vez, a execução de um monarca por ordem do Parlamento, colocando em xeque o princípio político da origem divina do poder do rei - influenciando os filósofos do século XVIII ( Iluminismo). REPÚBLICA PURITANA 1648-58

► A República de Cromwell. (VER PÁG.240) → Oliver Cromwell esmagou violentamente os movimentos radicais dentro do exército, exterminando muitos de seus opositores: ● os niveladores ou levellers (grupo criado para a oposição e exigiam que os pobres também tivessem o direito de eleger representantes para o arlamento); ● e os escavadores ou diggers (trabalhadores rurais que desejavam que as terras do Estado, da nobreza e do clero anglicano fossem repartidas entre os camponeses). → Dissolveu o Parlamento em 1653 e iniciou uma ditadura pessoal, assumindo o título de Lorde Protetor da República; → Decretou os Atos de Navegação que consolidaram a marinha inglesa e permitiram, e provocaram o enfraquecimento comercial da Holanda, em breve, à Inglaterra dominar os mercados mundiais; → Seu governo era uma república ditatorial, denominada Protetorado. → Sob o pretexto de punir um massacre que católicos irlandeses tinham realizado contra os protestantes, invadiu a Irlanda, promovendo a morte de milhares de irlandeses, originando um profundo conflito entre Irlanda e Inglaterra, que perdura ainda hoje. (VER QUADRO, PÁG.241)→ Após a morte do Lorde Protetor (1658), inicia-se um período de instabilidade política, seu filho Richard foi deposto pelo exército, num golpe tramado pelo Parlamento, no ano de 1660, quando o Parlamento resolveu restaurar a monarquia. A Restauração e a Revolução Gloriosa. (VER PÁG.241) ► Carlos II ( 1660/1685) -filho de Carlos I, que no ano de 1683 dissolveu o Parlamento. Em seu reinado, o Parlamento dividiu-se em dois partidos: Whig, composto pela burguesia liberal e adeptos de um governo controlado pelo Parlamento e Tory, formado pelos conservadores e adeptos do absolutismo.

► Jaime II ( 1685/1688) - Era católico e com a morte de Carlos II assumiu o poder e procurou restaurar o absolutismo monárquico, tendo oposição dos Whigs. No ano de 1688, há o nascimento de um herdeiro ­filho de um segundo casamento com uma católica. Temendo a sucessão de um governante católico, Whigs ( puritanos ) e Torys ( anglicanos), aliaram-se contra Jaime II.

►Guilherme de Orange e a Revolução Gloriosa - Whigs e Torys fereceram o trono a Guilherme de Orange, protestante e casado com Maria Stuart - filha do primeiro casamento de Jaime com uma protestante. (VER PÁG.242) Guilherme só foi proclamado rei quando aceitou a Declaração dos Direitos ( Bill of Rights ),que limitava os poderes do rei e estabelecia a superioridade do Parlamento. Determinou-se também a criação de um exército permanente, a garantia da liberdade de imprensa e liberdade individual e proteção à propriedade privada. → A Revolução Gloriosa foi um complemento da Revolução Puritana, garantindo a supremacia da burguesia, através do controle do Parlamento. Também garantiu o fim do absolutismo monárquico na Inglaterra e o surgimento do primeiro Estado burguês, sob a forma de uma monarquia parlamentar. O ILUMINISMO (CAPÍTULO 22) (VER PÁG.245) - Aconteceu na europa na segunda metade do séc. 17 - descontentamento de muitos em relação às idéias absolutistas - iluminismo: forma de pensamento baseada na razão, não mais na fé como aconteceu na idade média - iluministas: pensadores, escritores, folósofos que desenvolveram essas idéias - séc. 18: auge do iluminismo – século das luzes - os precursores do Iluminismo temos: ● René Descartes que mudou a concepção de mundo da época e defendeu a universalidade do racionalismo e Isaac Newton que provou que o universo é regido por leis. (VER PÁGs.224 E 225) ● John Locke (1632/1704)- sua principal obra é Segundo tratado do governo civil. Locke é um defensor da tolerância religiosa e da liberdade política. Acreditava na liberdade e na propriedade como direitos naturais do homem e, para manutenção destes direitos, houve um contrato entre os homens, surgindo o governo e a sociedade civil. Os governos teriam que respeitar os direitos naturais e, caso não fizessem, os cidadão possuíam o direito de se rebelar contra o governo tirano. Esta idéia será uma verdadeira arma na luta contra o absolutismo monárquico. O pensamento de Locke contribuiu para a Revolução Gloriosa e influenciou a elaboração da Constituição dos EUA de 1787. (VER PÁGs.242 E 243) ● Thomas Hobbes (1588-1679) Contemporâneo a Revolução Inglesa, defendia o absolutismo de origem contratualista. (VER PÁG.242)

► A França destacou-se por seus iluministas, pois, nessa época vigorava o antigo regime (VER PÁG.248) ● Política: absolutismo monárquico (teoria do direito divino); ● Economia: governo interferia nos preços (a burguesia queria liberdade); ● Relações sociais: 3 grupos (essa divisão fica mais clara na França - VER PÁGS.280 e 281) - 1º estado: clero (religiosos); - 2º estado: nobreza - 3º estado: burguesia, trabalhadores urbanos, camponeses

► Os iluministas queriam: (VER PÁGs.245 e 246) ● Governos com poderes limitados por uma constituição; (VER PÁGs.250 e 251) ● Liberdade econômica e de pensamento - As principais características do Iluminismo ram:

● Valorização da razão, considerada o mais importante instrumento para se alcançar qualquer tipo de conhecimento; ● valorização do questionamento, da investigação e da experiência como forma de conhecimento tanto da natureza quanto da sociedade, política ou economia; ●crença nas leis naturais, normas da natureza que regem todas as transformações que ocorrem no comportamento humano, nas sociedades e na natureza; ● crença nos direitos naturais, que todos os indivíduos possuem em relação à vida, à liberdade, à posse de bens materiais; ● crítica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios da nobreza e do clero; ● defesa da liberdade política e econômica e da igualdade de todos perante a lei;

● crítica à Igreja Católica, embora não se excluísse a crença em Deus.

► Principais pensadores: (VER PÁGs.247 a 251 e quadro na página 253) → VOLTAIRE (1694-1778) Severo crítico da igreja, seu pensamento é caracterizado pelo anticlericalismo. - Liberdade de pensamento e de religião; - igualdade perante a lei; - criticava a teoria do direito divino. → ROUSSEAU (1712-1778) - criticava a propriedade privada (origem da infelicidade humana). Para Rousseau, o poder político repousava sobre o povo, que manifestava sua vontade mediante o voto.Seu pensamento teve muita repercussão entre as camadas populares e a pequena burguesia. Serviu de bandeira para a Revolução Francesa. Sua principal obra é O Contrato social. → MONTESQUIEU (1689-1755) - criou a teoria da divisão dos poderes (executivo, legislativo e judiciário) → JEAN D'ALEMBERT (1717/1783) e DENIS DIDEROT (1713/1784) - Foram os organizadores da Enciclopédia, um resumo do pensamento iluminista, publicada entre 1751 e 1752. Nesta imensa obra há uma valorização da razão e da verdade atividade científica. Reafirmava a concepção de governo como sendo fruto de um contrato entre governantes e governados. ► Pensamento econômico do iluminismo O pensamento econômico do Iluminismo estava centrado na questão da liberdade econômica, desenvolvendo-se duas escolas: os fisiocratas e os liberais. as duas escolas criticavam o mercantilismo e o pacto colonial, atendendo os interesses da burguesia.

→ Os fisiocratas (VER PÁGs.251, 252) - criticavam as práticas mercantilistas e propunham o fim da intervenção do Estado nos assuntos econômicos. - segundo os fisiocratas a economia funcionaria seguindo suas próprias leis. - afirmavam que a fonte de riqueza era a terra. - o lema dos fisiocratas era "Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même" ( "Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si mesmo"). - os principais nomes desta escola foram: Quesnay, Turgot e Gournay.

→ Os liberais (VER PÁGs.310,311 – sobre Adam Smith –, 313 – sobre o Liberalismo) -Assim como os fisiocratas criticavam as práticas mercantilistas, porém, ao contrário deles, consideravam o trabalho como a principal fonte de riquezas. - Defendiam a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio. - O principal teórico desta escola foi Adam Smith, que sistematizou o pensamento liberal na obra A riqueza das nações. - As idéias liberais são conhecidas como liberalismo econômico e constituem as premissas básicas do capitalismo liberal. ► Conseqüências do iluminismo: → O Iluminismo criticava o absolutismo, o mercantilismo, a intolerância religiosa e afirmava que os homens são iguais, perante a Natureza. → A desigualdade entre os homens é fruto da sociedade: para que haja uma sociedade justa é necessário a igualdade entre os homens e a liberdade de expressão. → As idéias iluministas tiveram intensa repercussão em toda a Europa ­influenciando sobremaneira na Revolução Francesa. → Na América, o Iluminismo inspirou a independência dos EUA.

►O Despotismo Esclarecido

→ O movimento iluminista contribuiu para que alguns dos Estados absolutistas da Europa patrocinassem reformas políticas e sociais, sem deixar, no entanto, seu caráter absolutista. (VER PÁG.252) → Essa política de reforma foi denominada despotismo esclarecido, caracterizada por projetos de modernizações e pela racionalização da administração. → Os principais déspotas esclarecidos foram (disponível em http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/despotismo-esclarecido.htm) ● Frederico II: foi o principal déspota esclarecido prussiano onde reformou o sistema penal, aboliu as torturas praticadas por seu pai, fundou escolas promovendo a educação, incentivou a produção cultural comercial e manufatureira, decretou a tolerância religiosa. ● Catarina II: estrangeira da Prússia assumiu a Rússia e construiu escolas, hospitais, reformou e modernizou cidades, racionalizou a administração pública e limitou a ação da igreja. ● José II: imperador da Germânia aboliu a servidão e a tortura, secularizou seus bens, fundou escolas, hospitais e asilos, concedeu liberdade de culto a toda crença religiosa, criou impostos para o clero e a nobreza, limitou feriados e peregrinações, tornou a língua alemã como obrigatória. ● Marquês de Pombal: conde português que iniciou reformas administrativas econômicas e sociais desenvolveu o comércio colonial, isentou impostos para exportações, fundou o banco real, expulsou os jesuítas de Portugal, modernizou o exército.

Muitas reformas promovidas pelos déspotas esclarecidos tiveram vida curta. A maioria foi anulada pelos seus sucessores.

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