http://domfernando.files.wordpress.com/2009/05/garoto_propaganda15.jpg
Sobre o anúncio, responda:
a) Pode-se afirmar que, nesse anúncio, fez-se uso de uma imagem impactante? O que causa impacto?
b) O “ garoto propaganda” é fruto de que situação?
c) Como você interpreta esse anúncio?
d) Estabeleça uma relação entre o anúncio e os hábitos alienados da sociedade consumista.
2. Leia o poema abaixo:
Eu, etiqueta
Em minha calça está grudado um nome
que não é o meu de batismo ou cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei,
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso,
reincidência,costume,
hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,trocá-la por mil,
açambarcando
todas as marcas registradas
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros,
tão mim-mesmo
ser pensante, sentinte e solitário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo,
tiro glóriade minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,cada vinco da roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado,
sou tecido,sou gravado de forma universal,
saio da estamparia,
não de casa,da vitrina me tiraram,
recolocam,objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Para me ostentar assim,
tão orgulhoso
e ser não eu,
mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
(Carlos Drummond de Andrade)
Agora, assista o vídeo sobre o poema em: http://www.youtube.com/watch?v=SB64T1m_Z2g
3. Junte-se a dois colegas e reflita sobre o poema respondendo as questões e atividades a seguir.
a) Quais os efeitos da propaganda em nossa vida?
b) Qual a critica que o poema faz?
c) Escolha duas frases do poema que, na sua opinião, são identificadoras de alienação? Justifique sua resposta .
5. No poema, o eu-poético descreve sentimentos que retratam uma situação das pessoas em geral, diante da pressão que a sociedade de consumo exerce sobre o indivíduo, impondo-lhe hábitos. Comente essa afirmação.
b) Qual a critica que o poema faz?
c) Escolha duas frases do poema que, na sua opinião, são identificadoras de alienação? Justifique sua resposta .
d) Comente sobre a ironia presente nos versos abaixo.
- Estou, estou na moda / É doce estar na moda, anda que a moda / Seja negar minha identidade.
- Não sou – vê lá – anúncio contratado / Eu é que mimosamente pago / para anunciar, para vender.
4. Observe os versos de 14 a 20:
"Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo.
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens"
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo.
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens"
Localize no texto versos em que o eu- poético (O Eu-lírico - quando o poeta expressa sentimentos que não sentiu
necessariamente, ou sentiu com uma outra intensidade da realidade, tratando-se
então de não ser seu “eu” real, mas de um “eu” poético, ou lírico.):
a) Fala da individualidade das pessoas;
b) Fala sobre como as pessoas perdem a individualidade.
5. No poema, o eu-poético descreve sentimentos que retratam uma situação das pessoas em geral, diante da pressão que a sociedade de consumo exerce sobre o indivíduo, impondo-lhe hábitos. Comente essa afirmação.
Retorne a leitura do poema para responder a questão abaixo.
5. Para falar da transformação do ser, o poeta utiliza as
palavras antes e agora e dois tempos verbais.
a. Quais são esses tempos verbais?
b. Qual é a transformação que ocorre com o eu-poético? Ele
está consciente dessa mudança?Justifique.
Atividade adaptada de: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=10444. Autora: Lazuita Goretti de Oliveira; Co-autora: Eliana Dias. Acesso em 30/09/2010.
Atividade adaptada de: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=10444. Autora: Lazuita Goretti de Oliveira; Co-autora: Eliana Dias. Acesso em 30/09/2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário