Na região central do continente africano, o processo de independência das colônias portuguesas foi iniciado no século XX. Processo este que, ocorreu numa fase de “ressaca política” de Portugal, depois de ter enfrentado um golpe de Estado, o qual substituiu o regime ditatorial por uma nova República do tipo socialista.
Em 1961, um movimento antiportuguês manifestou-se em Angola (colônia portuguesa),com o surgimento de dois partidos de luta armada: o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União dos Povos de Angola (UPA), iniciando a Guerra Colonial Portuguesa. Em Moçambique (colônia portuguesa), as operações de guerrilha começaram em 1964.
Com a morte de Salazar, Portugal aceitou conceder, em 1972, autonomia à Angola e a Moçambique. E com a Revolução dos Cravos na metrópole (1974), a situação colonial desses dois países degradou-se rapidamente, ou seja, possibilitando sua descolonização, que se fazia afinal com grande atraso comparada à outras ex-colônias européias.
Angola conseguiu a independência em 1975, antes de Moçambique, 1976. Logo em seguida, estes dois países instauraram um regime político pró-soviético, enquanto que em Portugal, o modelo socialista pós-revolução era progressivamente abandonado, dando lugar a um regime democrático.
Esse processo de descolonização foi próximo da Guiné-Bissau, a qual começou sua busca pela independência em 1963 na região de Tite,onde os portugueses se mostraram incapazes e logo reconheceram sua independência (1974) e a de Cabo Verde (1975). E no mesmo ano, as ilhas de São Tomé e Príncipe acederam igualmente à independência. Timor-Leste foi o mais ousado, proclamou unilateralmente a sua independência em 1975, mas foi anexado no mesmo ano pela Indonésia. Além da descolonização de Macau.
Sendo assim, o "fim" do Império Português ocorreu/ou “começou de fato” em 1975, quando as suas colônias proclamaram em massa, a sua independência.
A independência das colônias portuguesas em África, muitas pessoas consideram que esse processo de descolonização foi mal conduzido, devido ao fato de não terem sido incluídos nos acordos que levaram à independência de certas colônias “garantias” sobre os “direitos” dos residentes que ali viviam e que viriam a escolher a nacionalidade portuguesa. Já no caso da Angola e Moçambique, os problemas que tiveram após sua independência, são questões internas governamentais e não ao processo de descolonização.
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