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9 de jun. de 2010

Etiópia, Libia e Mali

Etiópia: um país encravado no Chifre da África, é um dos países mais antigos do mundo. Oficialmente a República Federal Democrática da Etiópia é a segunda nação mais populosa da África e a décima maior em área. O país faz fronteira com o Sudão a oeste, Djibouti e Eritreia ao norte, Somália ao leste, e Quênia ao sul. Sua capital é a cidade de Addis Ababa. Economia: Aproximadamente 80% da população sobrevivem da agricultura, que é a espinha dorsal da economia etíope, respondendo por cerca de 90% do PIB. As exportações principais do setor são café, sementes oleaginosas, leguminosas (feijão), flores, cana-de-açúcar, forragem para animais, e uma planta conhecida por qat, que prossui propriedades psicotrópicas quando mascada. Outros produtos agrícolas importantes são cereais: trigo, milho, sorgo, cevada e o teff, cereal nativo que constitui a base da alimentação no país. As condições naturais são favoráveis à agricultura, mas as técnicas agrícolas são arcaicas e, portanto, a produção se limita ao nível de subsistência. A economia etíope é eminentemente agrícola e se encontra entre as mais atrasadas do mundo. Política: A República Federal Democrática da Etiópia foi proclamada em 1995 por uma Assembléia Constitutiva eleita em 1994. Em eleições gerais, Meles Zenawi foi constitucionalmente proclamado Primeiro Ministro. O sistema de governo baseia-se na repartição do poder entre nove regiões administrativas, delimitadas segundo critérios étnicos, e um Parlamento forte, integrado por uma câmara baixa com 548 representantes (Conselho de Representantes do Povo) e pelo Senado com 108 assentos (Conselho Federal). Os representantes do povo são eleitos por voto popular direto, enquanto que os senadores são designados pelas regiões administrativas. Religião e Cultura: A Etiópia tem uma cultura predominantemente marcada pelas religiões professadas pelos seus vários povos (pelo que é designada freqüentemente como "Museu de Povos"). Local onde se cruzaram tendências religiosas judaicas, cristãs (coptas) e muçulmanas, a religião é quase sempre o ponto de referência para a produção cultural, da qual se destaca a música que recebeu influências das tribos circundantes e do Egito - como o uso de sistros e tambores deixa perceberem. A música reggae tem suas fontes a partir da cultura etíope. Quase metade da população etíope é membro da Igreja Ortodoxa Etíope. LIBIA - A Líbia é um país africano localizado no norte do continente, seu território limita-se ao norte com o Mar Mediterrâneo e a Tunísia; a oeste, com a Argélia; ao sul, com Níger e Chade; e leste, com o Sudão e o Egito. Geograficamente se encontra no hemisfério norte oriental, possui uma população de aproximadamente 6,4 milhões de habitantes distribuídos em uma área de 1.759.540 km², cuja capital é a cidade de Trípoli. Economia: A economia do país é dirigida pelos princípios socialistas, ou seja, economia planificada. A base econômica advém da extração e exportação do petróleo, sendo esse produto o responsável por compor grande parte do PIB (Produto Interno Bruto). Com um número de habitantes modesto, o país apresenta uma das melhores rendas per capita do continente africano, entretanto, isso não reflete em qualidade de vida para toda população, tendo em vista que as classes menos favorecidas geralmente não têm acesso aos alimentos, fato proveniente de restrições nas importações. Cultura: As divisas provenientes do petróleo permitiram ao governo líbio a implantação de planos de bem-estar social que, em certos campos, melhoraram consideravelmente as condições de vida do povo. Uma extensa rede de hospitais e centros de saúde presta assistência médica gratuita a toda a população. Mesmo assim, a hepatite, as febres tifóides, as doenças venéreas e a meningite continuam a fazer vítimas. O problema da desnutrição, no entanto, foi erradicado. Entre os seis e os 15 anos, etapa correspondente aos ciclos primário e intermediário, a educação é gratuita e obrigatória. A Líbia tem duas universidades, em Trípoli e em Bengazi. A religião praticada pela imensa maioria da população é o islamismo. Uma minoria professa o cristianismo. O estado garante liberdade religiosa aos cidadãos. A vida cultural gira em torno das tradições populares. A música tradicional é tipicamente árabe, tocada em conjuntos de flautas e tambores. O artesanato popular produz tecidos, bordados e tapeçaria. Como o Islã proíbe a representação de animais e de pessoas, os motivos desses trabalhos costumam serem arabescos e desenhos geométricos. O governo fornece verbas para a manutenção e o incentivo às artes e ao folclore em geral. Religião: A religião predominante na Líbia é a Islâmica, com 97 % da população associada com a fé. A grande maioria dos muçulmanos líbios adere ao Islã sunita, que fornece um guia espiritual tanto para os indivíduos e um fortalecimento para a política governamental, mas uma minoria (entre 5 e 10%) aderem ao Ibadismo (um ramo da Kharijitas), sobretudo, em Jebel Nefusa e a cidade de Zuwarah. A não ser a esmagadora maioria dos muçulmanos sunitas existe também pequenas comunidades Cristãs, compostas exclusivamente por estrangeiros. Política: Moeda: dinar líbio. PIB agropecuária: 6,6% (1996). PIB indústria: 44% (1996). PIB serviços: 49,4% (1996). Crescimento do PIB: 3,5% ao ano (1997). Renda per capita: US$ 9.361 ou mais. Força de trabalho: 2 milhões (1998). Agricultura: cevada, trigo, tâmara. Pecuária: camelos, ovinos, caprinos, aves. Pesca: 32,8 mil t (1997). Mineração: petróleo, gás natural. Indústria: refino de petróleo, petroquímica, siderúrgica (ferro, aço), materiais de construção (cimento), alimentícia. Exportações: US$ 7,1 bilhões (1998). Importações: US$ 5,1 bilhões (1998). Parceiros comerciais: Itália, Alemanha, Espanha. MALI - Nos séculos XV e XVI desenvolve-se na região o Império Songhai, um dos centros de difusão da cultura islâmica. Em 1898 o país torna-se colônia da França, com o nome de Sudão Francês. Em 1959 forma com o Senegal a Federação do Mali, que dura pouco mais de um ano. A independência é conquistada em 1960 e o Mali torna-se uma república, com Modibo Keita como presidente. Em 1968, o tenente Moussa Traoré toma o poder em um golpe de Estado e governa o país ditatorialmente até 1991. Nos anos 90, ocorrem conflitos entre tuaregues - que retornam ao Mali, de onde haviam saído para fugir à seca - e o Exército. Um acordo de 1992 estabelece medidas para integrar os tuaregues à economia e à vida política, mas as lutas continuam. Calcula-se que até 1999 cerca de 230 mil refugiados tuaregues tenham voltado ao país. As eleições presidenciais de 1992 são vencidas por Alpha Oumar Konaré, da Aliança pela Democracia no Mali (Adema), cujo governo adota medidas econômicas de austeridade. Em 1997 Konaré é reeleito, em pleito boicotado pelos principais partidos de oposição. O ex-ditador Moussa Traoré é condenado à morte em 1999, por desvio de dinheiro público, mas a pena é comutada para prisão perpétua por Konaré. Ainda em 1999, o presidente lança uma campanha anticorrupção, que provoca demissões e prisões de altos dirigentes governistas. Religião - A religião oficial do Império do Mali era o islamismo. Acredita-se que o islã do Mali tenha carregado algumas características das religiões animistas do Mali antigo: os dyeli (sacerdotes) praticavam ritos com os rostos cobertos por máscaras animistas, a população comia carnes consideradas impuras pelo islã, etc. Os principais agentes da divulgação do Alcorão no Mali eram os comerciantes sarakholés e diúlas. Política: O Mansa vestia-se com artefatos de ouro e usava uma túnica vermelha (mothanfas). O trono do imperador era o pempi, uma poltrona feita de ébano. O mansa detém como funções ministrar a justiça no reino, e comandar a guerra. O Império era governado de duas formas: no centro, o controle direto do rei, na periferia, eram estabelecidos reinos protetorados. O reino central era subdividido em províncias com um governador (dyamani tigui). As menores unidades de uma província eram os kafo e os dugu. Os reis da periferia reconheciam a soberania do imperador, mas não perdiam seu estatuto de reis. Estes normalmente pagavam impostos ao imperador. Economia: Economia de Mali é baseada a uma extensão grande sobre agricultura, com uma população overwelmingly rural, muitos de quem são acopladas dentro agricultura do subsistance. Mali é entre dez nações a pobre, é um dos 37 Países pobres pesadamente Indebted, e é um receptor principal do dae (dispositivo automático de entrada) extrangeiro de muitas fontes, including as organizações multilateral (o mais significativamente Banco de mundo, Banco de desenvolvimento africano, e fundos do árabe), e programas bilateral financiados pelo União européia, France, Estados Unidos, Canadá, Países Baixos, e Germany. Antes de 1991, o anterior União Soviética, China e Pact de Warsaw os países tinham sido uma fonte principal do dae (dispositivo automático de entrada) econômico e militar. Per capita o produto doméstico bruto (GDP) de Mali era $820 em 1999. Potencial grande de Mali riqueza mentiras dentro. Mineração e a produção de productos, de animais domésticos, e de peixes agriculturais. A área agricultural a mais produtiva encontra-se ao longo dos bancos do Rio de Niger, Delta Inland de Niger e a região do sudoeste ao redor Sikasso. CULTURA: Mali pertence à Região do Sahel Ocidental. Entre os numerosos povos que habitam este enorme conglomerado cultural encontram-se os Bámbara, fazedores de estátuas que evocam a fertilidade, úteis domésticos, etc. Porém, sua principal fabricação são as máscaras. As manufacturas são de uma grande simplicidade, nelas predominam as formas cóniques, a máscara mais notavel é a denominada "Chi-Wara", utilizada em ritos que evocam a agricultura, pois é seu principal recurso. Os Bámbara habitam no centro-oeste e sudeste. O povo Dogom, situado na Falha de Bandiagara, utiliza um estilo mais esquemático e formalista. Suas estátuas são expresivas e caem no exagero de algumas partes do corpo como podem ser as caderas, peitos, boca, etc. As esculturas mais antigas são as "Telhem". Em suas máscaras costumam misturar elementos humanos e de animais. Destaca entre os diferentes tipos a máscara "Kanaga" de consideravel altitude; outra de ellas, muito mais alta, é a "Nyama". As máscaras são um símbolo de condição social. As que representam um rosto humano utilizam-se nos ritos de iniciação e nas danças. Os Peul habitam no Sahel e dedicam-se ao pastoreio, enquanto que os Somono, são povos pescadores que vivem em Mopti e Segoú, assim como os Bozo de Mopti. Outras etnias de Mali são a Senufo, que habita no sul, as Saracollé, Malinké, nas regiões próximas à Mauritânia, a Bobo, na zona centro e sul oriental, a Songhay, a extender-se pela bazia do Níger entre Tombuctú e a fronteira, e os arabe-bereberes, representados pelos Moros, para o oeste, na fronteira com Mauritânia e os Tuareg, situados ao norte de Tombuctú. A cultura e tradições, assim como as fazanhas de guerreros ou as vidas dos heróis são narradas pelo griot, uma espécie de trovador a recitar incansávelemente histórias e léndas populares. Mali tem uma tradição musical ancestral. Os músicos ambulantes são muito bem vistos no país. Um dos mais conhecidos é Ali Farka Touré, representante por excelência do blues de Mali.

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