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16 de jun. de 2010

Dominação da África

A divisão arbitrária da África teve o seu marco com a Conferência de Berlim iniciada em 1884 e só terminou no ano seguinte. Dela participaram os 15 países, 13 da Europa mais Estados Unidos e Turquia. Os Estados Unidos não possuíam colônias na África, mas era uma potência em ascensão. A Turquia, nesta época, ainda era o centro do extenso Império Otomano. Diversos assuntos foram tratados, mas o principal objetivo foi o de regulamentar a expansão das potências coloniais na África a partir dos pontos que ocupavam no litoral. A Grã-Bretanha e a França foram as que obtiveram mais territórios, seguidas de Portugal, Bélgica e Espanha. Territórios mais reduzidos foram ocupados pela Alemanha e pela Itália. Estes haviam entrado recentemente na corrida colonial devido aos seus tardios processos de unificação nacional. A Alemanha perderia o domínio de suas colônias africanas após a Primeira Guerra Mundial, acontecendo a mesma coisa com a Itália no final da Segunda Guerra . Assim se formou a Nação Africana.
As fronteiras nacionais nasceram da imposição desta conferência, um estado orgânico colonial imposto pelas potências colonizadoras partilhando a África sem muitas preocupações quanto ao que já existia. Várias nações, no sentido da formações sociais antigas africanas, passaram a estar reunidas dentro de novas fronteiras. Tribos amigas e inimigas passaram a pertencer o mesmo espaço colonial.
Assim, nos gabinetes da capital alemã, foram traçadas as fronteiras dos domínios coloniais. No início do século XX, a África estaria completamente retalhada pelos ocupantes imperialistas.
A Partilha da África
A partir do momento que o continente africano não podia mais fornecer escravos, o interesse das potências colônias inclinou-se para a sua ocupação territorial. E isso deu-se por dois motivos, O primeiro deles é que ambicionavam explorar as riquezas africanas, minerais e agrícolas, existentes no hinterland, até então só parcialmente conhecidas. O segundo deveu-se à competição imperialista cada vez maior entre elas, especialmente após a celebração da unificação da Alemanha, ocorrida em 1871. Por vezes chegou-se a ocupar extensas regiões desérticas, como a França o fez no Saara (chamando-a de França equatorial), apenas para não deixa-las para o adversário.
Antes da África ser dominada por funcionários metropolitanos, a região toda havia sido dividida entre várias companhias privadas que tinham concessões de exploração. Assim a Guiné estava entregue a uma companhia escravista francesa. O Congo, por sua vez, era privativo da Companhia para o Comércio e Industria, fundada em 1889, que dividia-o com a companhia Anversoise, de 1892 .O Alto Níger era controlado pela Companhia Real do Níger, dos britânicos. A África Oriental estava dividida entre uma companhia alemã, dirigida por Karl Peters, e uma inglesa, comandada pelo escocês W.Mackinnon. Cecil Rhodes era o chefe da companhia sul-africana que explorou a atual Zâmbia e Zimbawe, enquanto o rei Leopoldo II da Bélgica autorizava a companhia de Katanga a explorar o cobre do Congo belga.
Disputas territoriais pela dominação da áfrica do sul
A União Ibérica, formada a partir de 1580, extingue na prática as fronteiras das zonas de colonização na América do Sul,
alterando profundamente a dicotomia de ocupação até então existente entre lusos e castelhanos. Os dois povos,
subordinados à mesma coroa, ganham a permissão de transitar livremente entre as duas áreas colonizadas
embora, na prática, o intercâmbio humano seja pouco.
A principal mudança da União Ibérica é que Portugal passa a ser inimiga dos adversários da Espanha,
como Inglaterra e as recém-emancipadas Províncias Unidas dos Países Baixos. Com isso, potências como Inglaterra,
França e Holanda invadiram e ocuparam áreas de dominação dos reinos ibéricos, como na Guiana,
em Pernambuco e nas ilhas Malvinas,
além de várias ilhas no Caribe. Os espanhóis não recuperam mais estas terras,
enquanto os portugueses só conseguem expulsar os invasores após a recuperação da independência com a Revolução de 1640
(ver Guerra contra os holandeses).
A divisão administrativa das colônias criou, do lado espanhol, o Vice-Reino do Prata
(atuais Argentina, Uruguai e Paraguai), o Vice-Reino de Nova Granada (atuais Colômbia, Venezuela, Equador e Panamá),
o Vice-Reino do Peru (atuais Peru, Bolívia e norte do Chile) e a Capitania Geral do Chile, enquanto o lado português
teve o Estado do Maranhão e o Estado do Brasil, depois unificados sob o Vice-Reino do Brasil.
Aos poucos, surgiu uma nova classe social e étnica, a partir da miscigenação entre colonos ibéricos e os índios:
os mestiços ou gentio (na América Portuguesa)
e os mestizos ou criollos (na América Hispânica). Nas áreas de escravidão, ocorreu o mesmo entre europeus e africanos, dando origem aos mulatos, cafuzos e mamelucos.
Assim como os nativos, os mestiços eram forçados a pagar impostos abusivos,
mas tinham mais acesso à cultura e de certa forma se viam herdeiros do patrimônio cultural católico e europeu.
Aos poucos, esta "casta" começou a se rebelar contra o sistema de dominação colonial.
Economia África do Sul
A África do Sul é um dos poucos países do continente africano de economia diversificada. A economia do país é alicerçada no setor de serviços, indústria, agricultura e extrativismo. Ocupa atualmente a condição de país mais rico e industrializado da África.
O setor de serviços está inserido, majoritariamente, na atividade do turismo. O país tem no safári um dos mais importantes atrativos turísticos. Além de parques nacionais, turismo de negócios e veraneio no litoral.
O parque industrial é diversificado, nele destaca-se a indústria química, petroquímica, alimentícia, equipamentos de transporte, siderúrgica, máquinas, equipamentos agrícolas e metalúrgicas.
A África do Sul é um grande produtor agropecuário, isso se deve ao fato de existir extensas terras férteis, o que favorece a produção agrícola. Na agricultura, o país se destaca no cultivo de milho, cana-de-açúcar, uva, laranja, já na pecuária as principais criações são de bovinos, aves, caprinos e ovinos.
No extrativismo o país destaca-se na exploração de suas jazidas minerais, especialmente de carvão, cobre, manganês, ouro, cromita, urânio, ferro e diamantes.
Política
Apesar de se registrarem atualmente na África muitos conflitos de caráter político, como o da Costa do Marfim e o do Sudão, e muitas situações irregulares, como a de Angola, pode-se dizer que a maioria dos países do continente possui governos democraticamente eleitos. As únicas exceções neste momento são a Somália, que não tem sequer um estado organizado e o Saara Ocidental, ocupado por Marrocos.
No entanto, é freqüente que as eleições sejam consideradas como sujas por fraude, tanto internamente, como pela comunidade internacional. Por outro lado, ainda subsistem situações em que o presidente ou o partido governamental se encontram no poder a dezenas de anos, como são os casos da Líbia e do Zimbabwe.
Em geral, os governos africanos são repúblicas presidencialistas, com exceção de três monarquias existentes no continente: Lesoto, Marrocos e Suazilândia. Cabo Verde adotou o regime parlamentarista.

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