Pesquisar este blog

21 de jun. de 2010

Descolonização Da África - Independência das colônias italianas (Processos, lutas e novos países)

A Itália veio a ser o último país da europa a chegar ao continente africano e também o primeiro a se retirar. As únicas colônias italianas na África foram a Líbia, Eritreia e parte da Somália. A Líbia tornou-se independente em 1951 e a Somália Italiana em 1960. No mesmo dia, a antiga Somália Italiana uniu-se à Somália Britânica para dar origem ao que é hoje a República de Somália. 1-Processo de Independência da Eritreia Em 1890 é estabelecida pela Itália a colónia da Eritreia com as fronteiras correntes do país, dando-lhe o antigo nome latino do Mar Vermelho: Mare Erythraeum. O colonialismo italiano permanece até 1941, quando os italianos perdem a Segunda Guerra Mundial e o Reino Unido passa a administrar a Eritreia como seu protectorado. Devido à pressão das potências ocidentais e a seus interesses na região, a ONU decide 1952 de promover uma federação entre a Eritreia e o Reino da Etiópia. Os Estados Unidos estabelecem uma base militar na capital da Eritreia com a permissão do Imperador Hailé Selassié da Etiópia. Em 1961, o Imperador declara a federação cancelada e faz da Eritreia uma província da Etiópia. Isto marcou o começo da luta de 30 anos pela independência da Eritreia. 1.2 Política A Eritreia é um Estado unipartidário - enquanto sua constituição, adotada em 1997, estipula que o Estado é uma república presidencialista com uma democracia parlamentar, isto ainda está para ser implementado. De acordo com o governo, isto ocorre devido ao conflito fronteriço com a Etiópia, que começou em maio de 1998. Governado pela Frente Popular por Democracia e Justiça; eleições nacionais têm sido, periodicamente, agendadas e, posteriormente, canceladas; sendo assim, nunca houve eleições no país 1.3 Economia A economia da Eritreia é largamente baseada na agricultura de subsistência, com 80% da população trabalhando na agricultura ou na pecuária. As secas que invadem a região criaram muitas dificuldades nas áreas agrícolas Com a Guerra Etíope-Eritreia o setor econômico do país foi severamente afetado.O crescimento do PIB, em 1999, caiu em menos de 1%, e o PIB total diminuiu 8,2% em 2000. O futuro econômico da Eritreia permanece misto. A cessação do comércio com a Etiópia, que principalmente usava os portos eritreus antes da guerra, deixa Eritreia com um grande buraco econômico para preencher. O futuro econômico da Eritreia depende da sua capacidade de dominar problemas sociais como o analfabetismo e baixos níveis de proficiência. 2-Processo de Independência da Somália (Somália Italiana) A Somália Italiana foi uma colônia italiana que durou, tirante o breve período de domínio britânico, de fins do século XIX até 1960 no território do atual Estado africano da Somália. A Itália obteve o controle de várias partes da Somália na década de 1880 e ao longo dos anos seguintes, o estabelecimento de colonos italianos foi estimulado. Em 1936, após a Segunda Guerra Ítalo-abissínia, a Somália Italiana tornou-se parte da África Oriental Italiana junto com a Etiópia, Eritréia e Líbia. Em 1941, o território foi ocupado por tropas britânicas e a administração permaneceu nas mãos do Reino Unido até novembro de 1949, quando a Somália Italiana foi convertida num Protetorado das Nações Unidas sob administração fiduciária de Roma. Em 1° de julho de 1960, a Somália Italiana conquistou a independência, após a qual imediatamente se uniu à vizinha Somalilândia, que se tornara independente em 26 de junho, para constituir a República da Somália. 2.2 Politica A situação política da Somália é ainda confusa. O poder político encontra-se dividido por vários senhores da guerra os quais dominam várias zonas do país. Com o transcorrer da guerra civil, estes foram os estados autônomos que surgiram na Somália após 1990, apenas a Somalilândia se auto-proclamou independente (18 de maio de 1991), os outros três reivindicam autonomia dentro de uma Somália unificada: Maakhir, Puntlândia e Galmudug. 2.3 Economia Apesar da falta de um governo nacional, a Somália há mantido uma forte economia informal, baseada principalmente na pecuária, na transferência e remessas de fundos, e nas telecomunicaçãos. A agricultura é o mais forte setor, e a pecuáriaa representa 40% do PIB e mais de 50% das exportações 2.4 Estrutura Social A Somália tem uma das mais altas taxas de mortalidade infantil do mundo, com cerca de 10% das crianças morrendo pouco depois de nascer e 25% das sobreviventes morrem antes dos 5 anos de idade. A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras considera a situação do país "catastrófica". Para piorar, diferentemente do que a maioria das pessoas acham o país tem o maior número de subnutridos do mundo (75%), e não a Etiópia, que possui 50% de seu povo. Isso coloca a Somália entre os 8 países mais pobres do mundo. 3-Processo de Independência da Líbia Já no Século XX, mais concretamente nos anos depois da Primeira Guerra Mundial em 1912, a Líbia foi invadida pela Itália, uma vez que outras potências europeias, como a Inglaterra ou a Alemanha tinha passado ao largo. Este domínio italiano durou até à queda de Mussolini e o fim da II Guerra Mundial, mais concretamente em 1951. O 24 de Dezembro do citado ano a Líbia conseguiu a sua independência da Itália depois de 39 anos de colonizaçao. A II Guerra Mundial na Líbia teve o auge com as batalhas entre alemaes e ingleses. 3.2 Política Abolida a monarquia, criou-se a “República Árabe da Líbia”, governada por um “Conselho de Comando Revolucionário” liderado pelo Coronel Khaddafi e integrado por doze oficiais do Exército. Inspirado no populismo nasserista, o novo regime deu início à completa reorganização do sistema político e econômico, com a nacionalização de todas as empresas e propriedades estrangeiras e a criação, em 1971, do partido único “União Socialista Árabe”. Em 1977, criou-se o Congresso Geral do Povo, com funções de parlamento, e adotou-se a denominação de “Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia” para o país (“Jamahiriya” significa Estado das massas). 3.3 Economia A economia do país é dirigida pelos princípios socialistas, ou seja, economia planificada; e depende, basicamente, do sector petrolífero, preenchendo cerca de um quarto do Produto Interno Bruto. Os rendimentos proporcionados pelo petróleo, e o facto de a população ser reduzida, faz com que este país tenha um dos maiores rendimentos per capita da África. Contudo, há uma deficiente distribuição desses rendimentos, vivendo as classes mais baixas que chegam a apresentar dificuldades na obtenção de alimentos, devido, também, a restrições nas importações

3 comentários: