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1 de jun. de 2010

Àfrica Antiga

A região da África Oriental, dos reinos da Núbia, Etiópia e posteriormente Burundi e Uganda, sofreram grande influência religiosa em seu processo de organização cultural e espacial. Conflitos religiosos entre mulçumanos e cristãos foram decisivos para a nova organização desses reinos, a exemplo do Antigo Egito, que teve que se consolidar como Estado mulçumano entre duas potências cristãs – Bizâncio e Dongola. O resultado desses conflitos foi à conquista de Dongola em 1323 pelos mulçumanos, e a tomada gradativa do controle da Núbia em 1504, o que daria um golpe de misericórdia nos reinos cristãos da região. Nos casos da Núbia e da Etiópia, além dos conflitos religiosos existentes, o comércio principalmente com o Egito, foi outra atividade que influenciou diretamente, servindo como estímulo para a criação destes Estados. Esta atividade comercial se dava por rotas que cortavam o deserto do Saara, em caravanas puxadas por cerca de 12 mil camelos, dificultando o percurso e prejudicando conseqüentemente a atividade comercial, uma vez que o camelo domesticado só foi introduzido no Norte africano no século II da era cristã.O rei que se destacou foi do Mali Kango Mussa,pois ele estimulou a vinda dos sábios árabes islâmicos para viver e ensinar na cidade de Tombuctu.A grande cidade tinha milhares de habitantes e era o centro de comércio internacional.Vendia se tudo,de sal a escravos,de marfim a ouro. Só a partir do domínio mulçumano na região é que as atividades comerciais expandiram-se mais para o sul do continente.Portanto, os conflitos religiosos entre mulçumanos e cristãos, além das atividades comerciais exercidas entre esses povos, foram decisivos para a organização espacial dos territórios da África Oriental, fatos que produzem reflexos atuais na cultura e na religiosidade dos Estados africanos atuais.No século V d.c, o reino do Mali foi superado pelo reino de Songhá,mais no norte de hoje está a Nigéria que vieram os hauças que eram conhecidos pelo sotisficado artesanato:tecidos de algodão,sandálias de couro,ferramentas de ferro,etc. Alunos: Ruana, Mayara, Renato e Gabriel 1002

Um comentário:

  1. Alguns dos mais ricos e populosos reinos africanos se localizaram na região noroeste do continente, próximos aos rios Senegal, Niger e Volta. A riqueza desses reinos vinha principalmente do comércio com as caravanas árabes que atravessavam o deserto do Saara em busca de ouro, sal e e escravos. Um dos mais antigos desses impérios, surgido no século IV, chamava-se Gana e tinha Koumbi Saleh como cidade principal.Gana contava com grandes reservas de ouro e se tornou o principal fornecedor desse metal ao mundo mediterrâneo. O reino de Gana dominou o comércio do Saara até o século XI, quando se envolveu em guerras com grupos nômades e entrou em decadência.No século XIII, o Império do Mali estabelecido na bacia do rio Senegal, passou a controlar grandes jazidas de ouro e a dominar o comércio através do Saara. Esse Império ficou famoso no mundo mediterrâneo quando seu governante, o mansa (rei) Kan Kan Musa, fez uma peregrinação a Meca no início do século XIV. Nos séculos XV e XVI o comércio através do Saara passou a ser controlado pelo Império Songhai, também muçulmano, cuja capital ficava em Gao. No o século XV, havia ainda no norte da África os reinos de Fon, na foz do rio Niger, de Kanen-Bornu, em torno do lago Chade, e da Etiópia, próximo ao mar Vermelho, o único reino cristão da África. O cristianismo teria sido introduzido por um náufrago sírio chamado Frumêncio no século IV, quando existia na região o reino de Axum. O cristianismo foi bem recebido pelos governantes axumitas, que transformaram a Igreja em proprietária de grande parte das terras do reino. No sul da África ficava o reino de Monotapa, e tinha como principal atividade econômica o comércio de ouro e marfim realizado por mercadores árabes no porto de Sofala (atual Moçambique). A capital do reino ficava no interior do continente, na grande Zimbábue. As muralhas de granito dessa cidade, com dez metros de altura, existem até hoje, cinco séculos depois de a cidade ter sido abandonada. A escravidão esteve presente no continente africano muito antes do início do comércio de escravos com europeus na costa atlântica.
    Desde por volta de 700 d.C., “prisioneiros capturados nas guerras santas que expandiram o Islã da Arábia pelo norte da África e através da região do Golfo Pérsico” eram vendidos e usados como escravos. Durante os três impérios medievais do norte da África (séculos X a XV), o comércio de escravos foi largamente praticado .
    Lovejoy[1] apresenta o conceito de modo de produção escravista (de E. Terray) como fundamental para uma compreensão mais completa do funcionamento político, econômico e social da África - e também das colônias portuguesas nas Américas. Segundo sua definição, o modo de produção baseado na escravidão é aquele em que predominam a mão-de-obra escrava em setores essenciais da economia; a condição de escravo no mais baixo nível da hierarquia social; e a consolidação de uma infra-estrutura política e comercial que garanta a manutenção desse tipo de exploração.


    1003
    aiene camila julian e luan

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