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2 de jun. de 2010

África Antiga

Escravidão Africana Revela uma longa história de exploração e subjugação de populações fragilizadas por outras, mais equipadas. Demonstra também que a desestruturação econômica e cultural tem efeitos desastrosos de longa duração. Do ponto de vista econômico, a escravidão foi uma forma eficiente de acumulação primitiva. No que diz respeito às pessoas foi uma violência irreparável, que pressupõe, dentre outros fatores, a existência de povos muito pobres, mão-de-obra excedente que possa ser explorada em benefício de outros, poucos. Assim, parte do atual contexto socio-econômico da África de miséria e exclusão, é consequência de fatos passados. A escravidão esteve presente no continente africano muito antes do início do comércio de escravos com europeus na costa atlântica. Desde por volta de 700 d.C., “prisioneiros capturados nas guerras santas que expandiram o Islã da Arábia pelo norte da África e através da região do Golfo Pérsico” eram vendidos e usados como escravos. Durante os três impérios medievais do norte da África (séculos X a XV), o comércio de escravos foi largamente praticado. Lovejoy apresenta o conceito de modo de produção escravista (de E. Terray) como fundamental para uma compreensão mais completa do funcionamento político, econômico e social da África - e também das colônias portuguesas nas Américas. Segundo sua definição, o modo de produção baseado na escravidão é aquele em que predominam a mão-de-obra escrava em setores essenciais da economia; a condição de escravo no mais baixo nível da hierarquia social; e a consolidação de uma infra-estrutura política e comercial que garanta a manutenção desse tipo de exploração. Reinos antigos Características gerais • Predominância da tradição oral, mas alguns povos sabiam ler e escrever. • No tocante a família, a fertilidade era atributo essencial para homens e mulheres. • Casas: construídas de pedra ou de barro com óleo de dendê. • Religião: diversidade de religiões, a maioria fazia culto ao animais e elementos da natureza (orixás), a partir do século VII com a expansão do islamismo houve uma alteração na vida religiosa (os povos convertido aprenderam a ler e escrever). • Curiosidade: Reino de Prestes João, Reino católico na África chamado Aksun na atual Etiópia. Olhar estrangeiro sobre a África : • Na antiguidade: chamados de etíopes. • Na Idade Média: era misturado com as imagens dualistas religiosas (Diabo = negro) • Na Idade Moderna: embora o conhecimento sobre o continente tenha aumentado, o preconceito continuou. No século XV, Portugal obteve o direito de escravizar: pagãos, islâmicos e negros. Grandes reinos da costa do Atlântico • Reinos: o povo banto, Reino de Gana, Reino de Mali, Reino Ioruba, Reino de Benin e Reino do Congo (que se converteu ao cristianismo com Afonso I no século XVI). • Geralmente se constituíram como reinos urbanos, comerciante de sal, peles, artefatos de ferro, ouro, marfim, pimenta vermelha e escravos. • A escravidão já era praticada pelos africanos, mas aumentou sua intensidade com o contato com os europeus. O mais antigo reino foi o da Etiópia. Entre os séculos III e VII, a Etiópia teve como vizinhos outros reinos cristãos: o Egito e a Núbia, contudo, com a expansão do islamismo essas duas últimas regiões caíram sob o domínio árabe e a Etiópia persistiu como único grande reino cristão da África. Antes do efetivo início do processo de islamização do continente africano, a África Ocidental vai conhecer um padrão de desenvolvimento bastante alto. E, os antigos Estados de Gana, do Mali, do Songai, do Iorubá e Benin, são excelentes exemplos de pujança das civilizações pré-islâmicas. Alunos: Leone, Matheus, Vitor e Marcos Paulo nº: 17, 25, 34, 24 Turma: 1003

5 comentários:

  1. A escravidão esteve presente no continente africano muito antes do início do comércio de escravos com europeus na costa atlântica.
    Desde por volta de 700 d.C., “prisioneiros capturados nas guerras santas que expandiram o Islã da Arábia pelo norte da África e através da região do Golfo Pérsico” eram vendidos e usados como escravos. Durante os três impérios medievais do norte da África (séculos X a XV), o comércio de escravos foi largamente praticado .
    Lovejoy apresenta o conceito de modo de produção escravista (de E. Terray) como fundamental para uma compreensão mais completa do funcionamento político, econômico e social da África - e também das colônias portuguesas nas Américas. Segundo sua definição, o modo de produção baseado na escravidão é aquele em que predominam a mão-de-obra escrava em setores essenciais da economia; a condição de escravo no mais baixo nível da hierarquia social; e a consolidação de uma infra-estrutura política e comercial que garanta a manutenção desse tipo de exploração.
    A escravidão esteve presente no continente africano muito antes do início do comércio de escravos com europeus na costa atlântica.
    Desde por volta de 700 d.C., “prisioneiros capturados nas guerras santas que expandiram o Islã da Arábia pelo norte da África e através da região do Golfo Pérsico” eram vendidos e usados como escravos. Durante os três impérios medievais do norte da África (séculos X a XV), o comércio de escravos foi largamente praticado.
    Lovejoy apresenta o conceito de modo de produção escravista (de E. Terray) como fundamental para uma compreensão mais completa do funcionamento político, econômico e social da África - e também das colônias portuguesas nas Américas. Segundo sua definição, o modo de produção baseado na escravidão é aquele em que predominam a mão-de-obra escrava em setores essenciais da economia; a condição de escravo no mais baixo nível da hierarquia social; e a consolidação de uma infra-estrutura política e comercial que garanta a manutenção desse tipo de exploração.
    Este desenho esquemático mostrando um navio negreiro foi utilizado como propaganda pelos abolicionistas O intuito deste trabalho não é fazer um estudo minucioso da História africana (tema para toda uma vida), mas sim tentar entender que parte dessa história se enquadra com a questão do tráfico negreiro para o Novo Mundo, e mais especificamente para o Brasil, tendo em vista que nós fomos a colônia que mais recebeu escravos africanos em toda a história. Nesse movimento, buscaremos também as raízes da escravidão, e justamente por isso não vamos nos reter num determinado reino, pois queremos ter uma visão razoavelmente mais geral.
    Como já foi dito anteriormente, uma das questões que surgiram no decorrer do nosso trabalho foi: por que a África foi a "exportadora de almas" para o Novo Mundo? Para responder tal questão, nada mais lógico do que estudar, mesmo que de uma forma genérica, o continente africano durante esse período. Entretanto, para que esse estudo tenha um mínimo de coerência, é preciso ter em vista duas coisas. A primeira é que a África comporta uma quantidade étnica enorme, ou seja, o fato da sua população ser majoritariamente negra não a torna homogênea no que diz respeito a cultura, línguas, costumes etc. Não podemos nos esquecer de que a África é um continente, e não um país ou uma nação. A segunda é que estaremos lidando com valores que fogem dos padrões ocidentais aos quais estamos acostumados, o que dificulta ainda mais o nosso estudo. É muito importante que ponhamos nossos preconceitos de lado se quisermos compreender um pouco sobre esse continente.
    Gustavo, Lucas Abreu, César - turma 1003

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  2. A África antiga

    Estudos dizem que, antes, a África era dividida em duas áreas bem distintas: o Egito e a África subsaariana, ao sul do Deserto do Saara. Mas pouco se sabe sobre os povos subsaarianos, por muito tempo era usada somente a forma oral, com pouca escrita.
    Na África, a história e bem grande, já que foi lá que surgiram os primeiros hominídeos, que surgiram na costa do Mar Vermelho e do Oceano Índico além do território onde hoje são a Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. Algumas comunidades migraram para outros locais e outras permaneceram ali. Os povos da região do Egito se desenvolviam rapidamente com a ajuda do Nilo, mas nos outros povos o desenvolvimento, agricultura e pecuária foram lentos. Porém várias comunidades começaram a sedentarizar rapidamente, cultivando principalmente os cereais e criando animais diversos. Isso provocou um aumento de habitantes, e estas comunidades passaram a abrir rotas de comercialização para vender, principalmente, o sal. Para realizar este transporte era necessário atravessar o Deserto do Saara, e a atividade ficou conhecida como comércio transaariano. Como o lugar a ser percorrido era muito acidentado, os povos africanos começaram a fazer uso de animais capazes de se adaptar a diversas condições. Tentaram muitos animais, o boi, o cavalo e, só depois o camelo. Ele era perfeito para esta função, ficava um bom tempo sem tomar água, pode carregar bastante carga e se adapta a várias condições. Porém, algumas comunidades não se desenvolveram tanto porque há uma mosca chamada tsé-tsé, que transmitia uma doença capaz de dizimar as populações animais.

    As religiões africanas
    Como a África é muito grande, diversas religiões manifestaram-se nela. Nos locais próximos a Eurásia prevaleceu o judaísmo que se espalhou pelas cidades do norte da África. Essa religião se espalhou por causa dos judeus da rota de comércio. Logo após o cristianismo e o islamismo se fortaleceram muito na África. O cristianismo passou a ser logo logo a religião do império de Axum, que falaremos mais tarde. O cristianismo só foi fixar-se mais fortemente depois do século XV. Já o islamismo conseguiu converter grande parte do norte africano e do Deserto do Saara no século VIII. Além destas o povo africano também criou religiões.

    As sociedades africanas
    Na história da África, algumas sociedades ficaram mais famosas por causa de sua duração ou importância político-econômica na África.

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  3. Continuação ...


    O Império Kush ( 1700 a.C.- 300 d.C. ) :

    De 3600 a.C. até 1700 a.C., a região da Núbia esteve sob poder egípcio. Mas em 1700 a.C.,os núbios ficaram independentes e criaram uma forte sociedade: o Império Kush. De 1700 a.C. até 1500 a.C. houve o Primeiro Império Kush. Em 1500 a.C. os egípcios reconquistaram a Núbia, o que fez com que algumas pessoas migrassem para a cidade de Napata ,no sul.
    Porém, em 1100 a.C. os núbios reconquistaram o seu território e ergueram o Segundo Império Kush. No segundo império, os núbios aumentaram muito seus domínios e até tentaram invadir o Egito em 663 a.C.,mas foram expulsos pelos assírios, povo que havia conquistado o Egito. A economia do Império Kush não foi lá das melhores mas se destacou na África subsaariana. Além disso o Império Kush estava sendo constantemente ameaçada de invasão pelos nômades cuxitas. Em 300 d.C., não houve mais registros sobre o Império Kush, que provavelmente foi conquistado pelo Império Axum.

    O povo cartaginês ( século VI a.C. a I a.C. ) :

    Entre os séculos VIII a.C. e VII a.C., o povo fenício criou a cidade de Cartago, onde hoje fica Túnis, capital da Tunísia. Só que, em V a.C. Cartago ficou independente da Fenícia, e construiu um sólido império. Seus domínios foram até o atual Marrocos até o leste da atual Líbia, no golfo de Sidra, além de algumas ilhas e parte da Sicília. Cartago foi uma grande potência naval militar no Mediterrâneo. Primeiramente sua estratégia era evitar conflitos com gregos e romanos e estender ainda mais suas posses no norte africano, onde começou a exercer grande autoridade nos povos nativos. Exploravam povos com pouca tecnologia extraindo ouro, prata e cobre em troca de coisas ridículas como trabalhos artesanais. Além disso, estes povos deviam fornecer soldados para o exército cartaginês.A administração do Império Cartaginês era feita assim: um rei, alguns sulfetes, que eram como governadores e um conselho de cem pessoas. Os sulfetes e as pessoas do conselho eram escolhidas em uma eleição, porém só os mais ricos e poderosos votavam. Cartago se destacou muitissímo pelo seu comércio, tinha muitas riquezas, a maioria extraída dos povos conquistados, além de uma frota comercial excelente. O Império Cartaginês acabou conquistado por Roma nas Guerras Púnicas.

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  4. Continuação ...

    A sociedade de Axum ( século I d.C. a X d.C. ) :

    Entre os séculos V a.C. e IV a.C.,algumas pessoas oriundas da península arábica fugindo do deserto migraram em uma região onde hoje é o norte da Etiópia e a Eritréia. Fundaram a cidade de Adúlis e expandiram o seu território e fundaram a cidade de Axum. No começo a sociedade não era maior que um retângulo de 160km por 300km. O reino se enriqueceu muito através do comércio e expandiu seus domínios. Conquistou o Império Kush e seu território já compreendia o seu território inicial, todo o atual Sudão e algumas partes da Península Arábica. Os axumitas criaram um importante centro comercial, de importação e exportação. Por ali foram encontrados até vestígios de porcelana chinesa. Além disso muitas mercadorias faziam escala em Axum como a rota de Índia para Roma que sempre parava em Axum. Logo se tornou uma grande exportadora de ouro, prata e marfim. Eles eram politeístas, mas depois adotaram o cristianismo como religião oficial. Por causa desta mudança se estremeceram as relações com alguns povos que tinham outras religiões como oficiais. Depois, o império romano do ocidente caiu, o que enfraqueceu as exportações e o comércio da nação o que empobreceu o povo. Não sabemos ao certo a razão do fim de Axum, mas com certeza estes fatos ajudaram.

    O Reino de Gana ( 300 d.C. até 1300 d.C.) :

    Na África ocidental a sociedade se desenvolveu muito diferentemente do oriente africano. As cidades do sudoeste enriqueceram graças ao comércio transaariano que negociava produtos para quase toda a África. Por causa disso as cidades cresceram, criando reinos. Um desses reinos foi Gana que no início era um pequeno território onde hoje é a Mauritânia e o Mali. Com o tempo Gana expandiu suas posses e sua riqueza era famosa na África. Seus governantes viviam em palácios luxuosos e decorados com ouro abundante naquela região. Só que, foi construído o Reino de Mali que acabou ficando maior que Gana e conquistando-a.

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  5. qual foi o portugues que fez a escravidao com as pessoas em africa

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