A expansão do Império napoleônico, o bloqueio continental e
a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil (capítulo 25, páginas 289 a 295, e capítulo 28, páginas 316 a 322)
1. Antecedentes
1. Antecedentes
* O processo de independência do
Brasil começou em 1808, quando a família real portuguesa veio para o Brasil.
* O motivo desta vinda, está ligado aos interesses de Napoleão Bonaparte, que desejava dominar a Europa; Então imperador da França, Bonaparte derrotou exércitos de vários países. No entanto, a Inglaterra, por ser uma ilha, oferecia grande resistência.
* O motivo desta vinda, está ligado aos interesses de Napoleão Bonaparte, que desejava dominar a Europa; Então imperador da França, Bonaparte derrotou exércitos de vários países. No entanto, a Inglaterra, por ser uma ilha, oferecia grande resistência.
* Isto porque a marinha inglesa
era mais poderosa do que a marinha francesa, fazendo com que Napoleão sofresse
uma grande derrota naval, na Batalha de Trafalgar.
* Não conseguindo vitória militar
contra a Inglaterra, Napoleão criou uma forma de enfraquecê-la economicamente,
através do Bloqueio Continental.
2. Bloqueio Continental
* O Bloqueio Continental foi um
decreto napoleônico de 1807, que proibia todos os países europeus de
comercializarem com a Inglaterra.
* Napoleão achava que,
enfraquecendo os ingleses economicamente, poderia facilmente dominá-los
militarmente.
* Portugal, por ser um antigo
aliado da Inglaterra, enquanto pode, adiou a decisão de aderir ao bloqueio, uma
forma de não contrariar Napoleão nem aos ingleses.
* Por conta da pressão de
Napoleão Portugal viu-se obrigado a tomar partido na disputa entre ingleses e
franceses: desobedeceu ao bloqueio continental em troca do apoio francês.
* Napoleão logo acionou suas
tropas para invadir o reino português; temendo a perda de seu poder e de seu
território, a “proteção” da Inglaterra – o príncipe regente D. João fugiu com a
família real portuguesa, vindo para o Brasil.
* Uma escolta inglesa permaneceu
em Portugal para proteger o país e a
população da invasão francesa.
3. Quem foi D. João?
* No período napoleônico, D. João
era príncipe regente de Portugal, pois, sua mãe, D. Maria I, não podia governar
devido a problemas mentais.
* Dom João não era o primogênito,
o herdeiro do trono, portanto não foi preparado para se tornar um governante;
mas a morte precoce de seu irmão primogênito, D. José, fez com que ele viesse
a ser o herdeiro
da coroa portuguesa.
* Foi casado com a princesa
espanhola Carlota Joaquina, com quem teve três filhos e seis filhas.
4. A viagem para o Brasil
4. A viagem para o Brasil
* D. João fugiu as pressas e
quase de surpresa, com, aproximadamente, 15 mil nobres portugueses.
* A viagem repentina e por não
saberem ao certo por quanto tempo iam ficar no Brasil, fez com que os nobres
trouxeram entre riquezas, documentos, bibliotecas, coleções de arte o que fosse
possível transportar; muitos bens da nobreza permaneceram em Portugal porque
não podiam ser
trazidos.
* Depois de algumas semanas de
viagem, uma forte tempestade separou as embarcações. Algumas, como a de D. João
aportaram em Salvador. As restantes seguiram para o Rio de Janeiro.
* De Salvador, D. João
transferiu-se para o Rio de Janeiro, em março de 1808. E foi nesta cidade que
ocorreram as maiores mudanças efetuadas em seu governo.
5. A chegada
* Ao chegar no Rio de Janeiro, D.
João foi recebido com grandes festas, preparadas por seus amigos e funcionários
e por brasileiros economicamente mais abastados.
* Em 1808, o Rio de Janeiro tinha
em torno de 60 mil habitantes, sendo que 40 mil eram escravos.
* Os 15 mil membros da família
real causaram uma verdadeira “avalanche humana” na cidade, obrigando D. João a
tomar uma medida impopular.
* Para abrigar tantos nobres, D.
João mandou despejar os moradores das melhores residências da cidade, mandando
afixar, nas portas, as letras P.R. que significava “Príncipe Regente”, ou
“Propriedade do Rei”. Porém, a população interpretava como “Ponha-se na rua” ou
“Prédio roubado”.
* Acomodado no Rio de Janeiro, D.
João começou a efetuar uma série de mudanças econômicas e culturais que iriam
mudar não só a cara da cidade, como também futuro do país.
6. O Cumprimento dos acordos feitos com os ingleses
* A primeira coisa que D. João
fez, ao chegar ao Brasil, ainda em 1808, foi abrir os portos brasileiros a
todas as nações amigas; entenda-se que, naquele momento, as disputas entre franceses
e ingleses faziam desses últimos os únicos amigos dos portugueses.
* Quem saiu ganhando foram os
ingleses que, naquela época, dominavam o comércio mundial. Prejudicada pelo
Bloqueio Continental, a Inglaterra viu abrir um amplo mercado no Brasil.
* Como o império português tinha
agora sua sede no Brasil, Portugal só poderia comercializar com outros países a
partir dos portos brasileiros.
* Os principais portos
brasileiros foram tomados por mercadorias inglesas. Havia, inclusive, produtos
de inverno que, no calor tropical do Rio de Janeiro, não tinham a menor
utilidade.
* A Abertura dos Portos rompeu
com o pacto colonial entre Brasil e Portugal, enfraquecendo a influência dos
comerciantes da metrópole portuguesa sobre a colônia brasileira, e criando as
condições para a proclamação da independência, em 1822.
7. Mudanças econômicas
* Outras medidas tomadas por D.
João serviram de estímulo para as atividades econômicas do Brasil: podemos
destacar a anulação da lei que proibia a instalação de indústrias no país, o
que permitiu a abertura de pequenas fábricas e usinas, sendo que a produção de
ferro obteve bastante progresso.
* A produção agrícola também
cresceu, com o desenvolvimento das lavouras de café, ao lado do açúcar e do
algodão. O café, pouco tempo depois, passaria a ocupar o primeiro lugar nas
exportações brasileiras.
* Não podemos deixar de destacar
a fundação do Banco do Brasil, que se tornou símbolo da economia liberal no
país; embora devamos destacar que esta
medida foi uma saída encontrada pelo governo para capitalizar os cofres públicos.
8. Mudanças culturais
* A cultura do país passou por grandes transformações, a partir da vinda de D. João VI: os habitantes do rio tiveram que aprender a conviver com a etiqueta imposta pela presença da corte, a vida social foi impulsionada.
* A cultura do país passou por grandes transformações, a partir da vinda de D. João VI: os habitantes do rio tiveram que aprender a conviver com a etiqueta imposta pela presença da corte, a vida social foi impulsionada.
* Vários cursos de nível superior foram criados no Rio de
Janeiro e Bahia, como cirurgia, química, agricultura, desenho técnico, entre
outros.
* Foi fundado o Museu Nacional, o Observatório Astronômico, a Biblioteca Real e a Imprensa Régia.
* Além disso, a arte se destacou com a vinda da Missão Francesa ao Brasil, em 1816, com o objetivo de enriquecer culturalmente a população brasileira. Debret foi um dos grandes pintores da missão, e retratou cenas do cotidiano das famílias brasileiras, principalmente as mais abastadas, na época.
* Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, pondo fim definitivamente a sua condição de colônia.
* Foi fundado o Museu Nacional, o Observatório Astronômico, a Biblioteca Real e a Imprensa Régia.
* Além disso, a arte se destacou com a vinda da Missão Francesa ao Brasil, em 1816, com o objetivo de enriquecer culturalmente a população brasileira. Debret foi um dos grandes pintores da missão, e retratou cenas do cotidiano das famílias brasileiras, principalmente as mais abastadas, na época.
* Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, pondo fim definitivamente a sua condição de colônia.
* Em 1821, as capitanias passaram a se chamar províncias.
* Apesar do progresso que houve com
a vinda da família real, a administração de D. João VI não melhorou a vida dos
colonos. A corte gastava muito, foram criados cargos inúteis para empregar
fidalgos ("filhos de algo") portugueses, e o governo começou a cobrar
impostos, a vender títulos de nobreza, criando uma espécie de “nobreza” brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário